I Was Broken

"I used to think the past was dead and gone.
I was wrong, so wrong.
(...)
I'm stuck between the burning shade and the fading light."

Sou a mulher mais feliz do mundo! É uma boa frase de começo para aquilo que sinto todos os dias quando acordo e olho para o bercinho onde a minha cria está já atravessada e com os pézitos no ar à espera pacientemente (e sem chorar) qua a mãe acorde pra lhe dar o seu pequeno-almoço tão esperado.

Eu levanto-me, completamente ensonada, a pensar que adorava dormir mais ,umas horinhas (são 7 da manhã!!) pois o sono intercalado de choro pela chupeta não é bem sono, mas olho para ela, a Inês, que olha para mim com um sorriso brilhante de quem não podia ter melhor visão e tudo se esquece.

Tornou-se tudo tão natural, apesar do que no início me custou, me trouxe dúvidas e medos agora ridículos. Suponho que aquele verso "If it's bitter at the the start/ Then it's sweeter in the end" tem a sua razão. depois de ter um pós-parto horroroso, um primeiro mês dificil física e psicológicamente, a aceitacão da monoparentalidade foi canja e natural, acho que nunca esperei outra coisa... E o facto da minha filha ser o ser mais perfeito à face da terra também ajudou imenso! Até parece que se auto-educa!! Acho que não vou ter tanta sorte para a próxima.

However, nem tudo é perfeito o tempo inteiro, as vezes sinto como se parte de mim tivesse morrido... aquela parte em que eu sou mulher e só tenho 25 anos e não tenho que me conformar em viver somente para a minha filha para o resto da minha vida. Só que esse pensamente reconforta-me. Nunca mais ter que arriscar absolutamente nada, pôr-me na berlinda, dar-me a conhecer e ainda por cima tenho o motivo perfeito, a minha filha precisa de mim, de todo o meu tempo e de toda a minha dedicação. Sinto que já tenho legitimidade para deixar essa parte de mim morrer ou pelo menos entrar em coma!

É como estar ao sol, mas nunca tempo suficiente para ganhar uma corzinha.

Eu gosto disso.